segunda-feira, 4 de abril de 2011

Poeta, Viajante das Estrelas



    Meu destino é ser solitário,
coração errante,
eterno navegante sem porto
habitante das cidades ilusórias
nascidos sem dores de parto.  Sou filho do sol e da lua
no meu coração batem rimas,
no meu sangue circulam versos
e meu sorriso traduz poemas
jamais escritos por medo ou incerteza.    


Cresci no meio de olhares,
alimentei-me de sentimentos
diversos.  Crescendo dentro de almas estranhas  

sou o poeta das rimas provisórias.
Meu alimento é paixão, ódio, amor
e todo sentimento existente
nas entranhas humanas
seja ele qual for   
Sou filho do céu e do mar,
minhas veias são estradas
infinitas
por onde passam caravanas ciganas,
minha mente imenso espaço com profusão de estrelas e astros,
minhas mãos são pergaminhos sagrados
 revelando segredos antigos,
meus olhos espelho de alma tímida  
traduzindo versos que eu não quis escrever
 por uma razão qualquer.   Meu destino é seguir eternamente
sem rumos ou guias,
por estradas vazias
que levam sempre ao meu lugar. Sou filho do tudo e do nada,
da beira da estrada,
do chão e do ar. Minha voz é doce balada,
cantiga suave para o mundo sonhar.
Sou som e sou cor
sou ódio e amor
sou vida, sou morte
sou sangue sem corte  Poeta eu sou.


(Mauro Gouvea)

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