sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sonho



No meu sonho é que eu te encontro e lá predomina o meu desejo;
O meu sonho é cenário pronto:
Sem dor, sem lagrima e sem medo.

No meu sonho não me magoas,
És sempre leal gentil amante,
E juntos, só vivemos coisas boas!

A eternidade vale cada instante!
Sonhando, eu me entrego sem pudor,
Sem pensar nas razões e nos porquês,
No  meu sonho eu tenho o teu amor,
E eu posso ser tua mais uma vez,

Oh, quem me dera eu viver dormindo,
E guardar cada emoção sonhada!
Eu estarei sempre sorrindo
E não viveria sonhando acordada!


                     Poeta: Lídia Vasconcelos

Um bonito verso



PENSO SEMPRE EM VOCÊ...



Penso sempre em você...
Penso em você nos dias claros de verão quando o mar acaricia o meu corpo, e o sol ardente queima a minha pele.

Penso sempre em você...

Penso em você quando sonho e quando acordo, quando um sorriso aparece em meus lábios ou quando estou séria.
Essa é a minha felicidade, pensar em você...

Não importa a distância que colocarem entre nós.
Não importa o mar, os rios e florestas.
Você vai estar sempre perto de mim...

Penso sempre em você.

Você é a presença constante em meu ser.
Os que não amam jamais poderão sentir a força do que digo, e a realidade do que sinto.
Porque penso sempre em você,

Quantas vezes terei que repetir, que você é o meu amor.
Que você está na força do que digo, e na realidade do que penso.
Sou assim meu amor.

Penso sempre em você...


                             Autor desconhecido.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

CAMINHOS...CAMINHOS...




Caminhos que se foram e vieram
Caminhos em que andei, andarilhei,
Caminhos que por certo ainda me esperam
E por certo caminhos que ainda irei.

Sei bem! Estes caminhos muitos eram
Apenas uns atalhos e desviei,
Porém estes desvios só me deram
A certeza de que pouco ainda andei.

Andar preciso mais é o que sinto,
Mesmo que haja escarpas e ladeiras
E mesmo em intrigantes labirintos.

Talvez, andando assim, eu veja indício
(Por mais que tenha a vista nevoeira)
De quando é uma reta, ou precipício.

Jenário de Fátima

Se eu fosse querido!


Se eu fosse querido dum rosto formoso, Se um peito extremoso - pudesse encontrar, E uns lábios macios, que expiram amores E abrandam as dores - pudesse beijar;
A tantos encantos minha alma rendida, Votara-lhe a vida - que Deus me quis dar; Constante a seu lado, seus sonhos divinos Aos sons dos meus hinos - quisera embalar.
Depois, quando a morte viesse impiedosa Da amante extremosa - meus dias privar, De funda saudade minha alma rendida
Votara-lhe a vida - que Deus me quis dar.

(De tão dolorida haveria de quedar.)



                       Gonçalves Dias

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Dio come ti amo



Dio come ti amo
Non é possibile
Avere fra le braccia
Tanta felicità
Baciare le tue labbra
Che odorano di vento
Noi due innamorati
Come nessuno al mondo
Me vien da piàngere
In tutta la mia vita
Non ho provato mai
Un vene cosi caro
Un bene cosi vero
Che puo fermare il fiume
Che corre verso il mare
Le róndine nel cielo
Che vano verso il sole
Che puó cambiar l'amore
L'amore mio per te


                         Autor: Domenico madugno


Foi a canção que representou a Italia no Festival Eurovisão da Canção em 1966, que sa realizou na Cidade de Luxemburgo.

Alguém, nesse momento deve estar lembrando, dessa música ou de um momento bom, que ficou no passado.



Tradução em português

"Deus, como Te Amo"

 
Deus, como te amo!
Não é possível
Ter entre os teus braços
Tanta felicidade
Beijar teus lábios
Com o perfume do vento

Nos, dois apaixonados
Como ninguém no mundo

Deus, como te amo
Tenho vontade de chorar
Em toda minha vida
Nunca senti isso 

Um sentimento querido
Um sentimento verdadeiro
Que pode parar  um rio
Que corre para o mar

As andorinhas lá no céu
Que vão de encontro o sol
Que pode mudar o amor
O meu amor por você?
Deus como te amo.





sábado, 12 de fevereiro de 2011

Olhando a lua...




 Está linda, entre as nuvens iluminadas,
Na clara noite, de estrelas pontilhada 
E andando, não sei de onde voltando, 
Nem sei também, para onde estou rumando Mas, tendo só ela de companhia 

Como se fosse minha namorada 
Olho de novo, onde está? Não quero chegar! Atrás de nuvens mais escuras, invisível a brilhar!
Paro e sento, estou no morro! Vou esperar! Atrás ficaram amigos e alegria 
Não era bem aquilo que eu queria 
Não era bem o que eu esperava.


 Tal qual olho, novamente, brilha toda soberana! 
Linda noite! Noite linda! Linda lua, linda dama! 
Está me chamando! É hora de ir embora! 
E indo, a estrada meu andar devora 
Sem, no entanto, querer seguir! 
Se eu pudesse, tão somente te seguir 
Saberia para onde ir!

                                                    Acyr Campos

Teus olhos - Gondoleiro do amor




                                                         (Barcarola)

 Teus olhos são negros, negros, Como as noites sem luar...  São ardentes, são profundos,  Como o negrume do mar; 
Sobre o barco dos  amores,  Da vida boiando à flor,  Douram teus olhos a fronte  Do Gondoleiro do amor. 
Tua voz é a cavatina  Dos palácios de Sorrento,  Quando a praia beija a vaga,  Quando a vaga beija o vento; 
E como em noites de Itália,  Ama um canto o pecador,  Bebe a harmonia em teus cantos  O Gondoleiro do amor. 
Teu sorriso é uma aurora,  Que o horizonte enrubesceu,  — Rosa aberta com biquinho  Das aves rubras do céu. 
Nas tempestades da vida  Das rajadas no furor,  Foi-se a noite, tem auroras  O Gondoleiro do amor. 
Teu seio é vaga dourada  Ao tíbio clarão da lua,  Que, ao murmúrio das volúpias,
Arqueja, palpita nua; 
Como é doce, em pensamento,  Do teu colo no langor  Vogar, naufragar, perder-se  O Gondoleiro do amor! ... 
Teu amor na treva é — um astro,  No silêncio uma canção,  É brisa — nas calmarias,  É abrigo — no tufão; 
Por isso eu te amo, querida,  Quer no prazer, quer na dor,  Rosa! Canto! Sombra! Estrela!  Do Gondoleiro do amor.


Castro Alves


De tanto Amar





Deixei de ouvir os sons do arrebol,
E o aroma das flores de apreciar,
De curtir áureos tons do pôr-do-sol,
Deixei. Por ti deixei... de tanto amar.


Olvidei de tanta crença, sonhos tantos,
Que me afastei de muita paixão antiga:
Leituras, preces, meditação, seus encantos,
Além da poesia – companheira e sempre amiga...
 

E se, de tanto amar, a tanto renunciei,
Quero crer que posso hoje, sem amarras, comentar
O sonho equivocado de que enfim eu despertei,
Sufocante, egoísta e sedutor... de tanto amar.



Mas, no ciclo das paixões a mover-se novamente,
É inútil prevenir-me desta vã constatação:
Que razão e emoção são um misto incoerente,
Traduzido em amor... desvario... excitação...


Pois agora a consciência, prudentemente, me diz
O mesmo que o coração insiste em me revelar:
Que de novo livre estou, pra ser ou não-ser feliz,
Ou, para mais uma vez, me esvair... de tanto amar.


Oriza Martins

Floradas e Paixão




É primavera...
Aromas e cores, aves a cantar,
Gorjeios, sussurros, ternas alvoradas...
Nos campos e praças, nas ruas, no ar,
Ipês esparramam imensas floradas...

Brancas e lilases, rosas e douradas,
As flores do ipê têm vida pequena...
Reinam pouco tempo, intensas, caladas;
Efêmeras são... mas valem a pena!

E como o ipê que explode em cores
E esvai-se no chão em breves semanas,
Também acontecem intensos amores:
Efêmeros, rápidos, em paixões humanas.

Mas no ciclo da vida germina a esperança;
Nem sempre se esgota tal cumplicidade...
De paixões e floradas ecoam lembranças;
Muitas vezes fica, no fundo, a saudade...

E a magia que espalha em toda primavera,
O cheiro, o fascínio, a imagem do ipê,
Reacende a chama, a lembrança, a quimera,
Da paixão que um dia senti por você...


Oriza Martins



 

O Navio



Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.


Cecilia Meireles

AS DUAS FLORES



São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo,no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!


Castro Alves

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Orgulho e renúncia



Não penses que a mentira me consola:
parte em silêncio, será bem melhor...
Se tudo terminou a tua esmola
meu sofrimento ainda fará maior...

Não te condeno nem te recrimino
ninguém tem culpa do que aconteceu...
Nem posso contrariar o meu destino
nem tu podias contrariar o teu!

Sofro, que importa? mas não te censuro,
o inevitável quando chega é assim,
-se esse amor não devia Ter futuro
foi bem melhor precipitar seu fim...

Não te condeno nem te recrimino
tinha que ser! Tudo passou, morreu!
Cada qual traz do berço seu destino
e esse afinal, bem doloroso, é o meu!

Estranho, é que a afeição quando se acabe
traga inútil consolo ao nosso fim
quando penso que ainda ontem, - quem o sabe?
tenha sentido algum amor por mim...

Não procures mentir. Compreendo tudo.
Tudo por si justificado está:
- não tens culpa se te amo... se me iludo,
se a vida para mim é que foi má...

Vês? Meus olhos chorando estão contentes!
Não fales nada. Vai! Ninguém te obriga
a dizeres aquilo que não sentes,
nem eu preciso disto minha amiga...

Parte. E que nunca sofrer alguém te faça
o que sofri com o teu ingênuo amor;
- pensa que tudo morre, tudo passa,
que hei de esquecer-te, seja como for...

Pensa que tudo foi uma tolice...
Só mais tarde, bem sei, - compreenderás
as palavras de dor que não te disse
e outras, de amor... que não direi jamais!



Poema de JG de Araujo Jorge, do livro " AMO ", 1938



Eu ainda não tinha nascido, e esses versos viajavam no tempo.
Hoje JG de Araújo está fazendo lindos versos de amor para a lua, e as estrelas, nesse imenso Universo.

Maria Santos


Os versos que te dou


 

Ouve estes versos que te dou, eu
os fiz hoje que sinto o coração contente
enquanto teu amor for meu somente,
eu farei versos...e serei feliz...
E hei de faze-los pela vida afora,
versos de sonho e de amor, e hei  depois
relembrar o passado de nós dois...
esse passado que começa agora...
Estes versos repletos de ternura são
versos meus, mas que são teus, também...
Sozinha, hás de escuta-los sem ninguém que
possa perturbar vossa ventura...
Quando o tempo branquear os teus cabelos
hás de um dia mais tarde, revive-los nas
lembranças que a vida não desfez...
E ao lê-los...com saudade em tua dor...
hás de rever, chorando, o nosso amor,
hás de lembrar, também, de quem os fez...
Se nesse tempo eu já tiver partido e
outros versos quiseres, teu pedido deixa
ao lado da cruz para onde eu vou...
Quando lá novamente, então tu fores,
pode colher do chão todas as flores, pois
são os versos de amor que ainda te dou.


Poema de JG de Araújo Jorge
do livro "Meu Céu Interior" – 1934


Este é um verso que me trás lembranças do meu passado.
Ler os versos, ou ouvir ele declamar,é viajar no tempo, me fás lembrar da minha juventude da minha mocidade.
Lembrar do meu primeiro amor...
JG de Araújo foi e continuará sendo um poeta do amor.

Maria Santos