quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Eu me lembro da Jurema



             
A tarde vem chegando, o sol vai se escondendo por trás das montanhas, espalhando os seus lindos raios dourados !
Escuto a sábia cantando, bem distante...
Então eu me lembro das matas, lembro dos caboclos, lembro da Jurema...

A tarde vem chegando, o sol vai se escondendo por trás das montanhas, e eu me lembro da  cabocla Jurema, como dizem, é a mais linda cabocla de pena !
Eu me lembro da cabocla Jurema da pele morena, de olhar meigo e arisco como os da águia, e de cabelos negros como a noite.
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Eu me lembro da Jurema caminhando leve  sobre as folhas, quando ela pisa parece uma pena no chão a flutuar!
A tarde vem chegando, e eu me lembro da cabocla Jurema, correndo livre nas matas, sentindo o cheiro do mato verde, pisando na terra úmida e fria pelo orvalho da manhã.

Sentindo o vento bater nas folhas, vendo os animais selvagens nas  matas, os pássaros cantando  nos galhos das árvores, fazendo os seus ninhos,ou vendo os peixes nadando nas águas claras do rios !

Caçando com o seu arco e sua flecha, saboreando as frutas que estão nos galhos das árvores, ou as que vão caindo pelo caminho.
Ou mergulhando o seu corpo, nas águas calmas dos rios !

A tarde vem chegando, e eu  me lembro da Jurema, das suas matas, do céu azul, dos pássaros cantando, dos seus rios e cachoeiras, da sua aldeia, dos seus caboclos, do amanhecer e do entardecer !

Que maravilha é as matas da Jurema !
A tarde vem chegando, o sol vai se escondendo por trás das montanhas, e eu me lembro lá das matas da Jurema...


Quando é noite de lua cheia, a lua clareia todo o céu, clareia toda a mata.
No silencio da mata, apenas se escuta o barulho das águas das cachoeiras, e dos grilos cantando.
E sobre as águas dos rios, podemos ver uma nuvem de vaga-lumes, que parece um céu de estrelas a piscar, que é um dos quadros mais lindo de se ver, lá nas matas do Jurema!


A tarde vem chegando, e eu me lembro da  Jurema da sua aldeia, dos seus caboclos, cantando e dançando em volta da fogueira.

Cantando e dançando para a mais linda cabocla da sua aldeia.
Cantando para a cabocla Jurema nas lindas noites, de lua cheia!


A tarde vem chegando, o sol vai se escondendo por trás das montanhas,espalhando os seus lindos raios
Dourados !

A sábia continua a cantar bem distante...
E eu fico a lembrar, da cabocla Jurema das suas matas, da sua aldeia,dos seus caboclos, do amanhecer e do entardecer...
Eu me lembro da minha cabocla Jurema da sua aldeia, dos seus caboclos, e das lindas noites de lua cheia !
Maria santos.
                                            Quinta-Feira      20/07/1995
Obs:
 Sonhei com as mata da Jurema com a cabocla Jurema com a sua aldeia, com seus caboclos.
No meu sonho, ela era uma rainha, uma linda caçadora, uma grande amazona.
Usava um lindo penacho de penas coloridas.
Quando vi a imagem dessa cabocla, lembrei do meu sonho.
Então escrevi este verso para essa cabocla.
 
 
 

Buena - Dicha



E a cigana falava fitando a minha mão...
Tens um bom coração, um coração de sentimentos nobres, que não faz distinção entre ricos e pobres.
E tornou a falar, és muito orgulhosa e concentrada.
Não gosta de mostrar o que sabe a ninguém embora tenha sempre um sorriso de prazer e alegria.
E fitou- me nos olhos...
Olhos maravilhosos...
Olhos misteriosos, fundados de luz, por  baixo das sobrancelhas.

E tornou a falar.
Compreendes?
Ai de mim, eu compreendo sim
Mas não diga o que sou, pois o que sou bem sei, diga-me, o que serei?

E ela continuou a falar...
Vejo alguém um bonito rapaz que lhe quer bem, com ele as de casar , vais ter riquezas e glória e tudo o que ávida encerra de beleza, e dessa aventura infida, terás três filhinhos.
E quando fores velinha, terás netinhos a quem contar histórias...
E continuou a falar.
Sorte bonita a tua!

Mas a cigana mentiu.
Nunca houve alguém que me quisesse bem, não terei riquezas e glória, e quando for velinha não terei netinhos a quem contar histórias.

Era uma vez...
Eu a vejo ainda, como naquela tarde luminosa...
Era uma vez uma linda cigana...
Uma linda cigana mentirosa...

Autor desconhecido

Eu li esse verso quando tinha quinze anos não sei se ele está certo.
Só lembro que ele faz parte das lembranças do meu passado.
Lindas lembranças.

Maria Santos.

Descrição do amor (1 Coríntios 13-1)



1 - Se eu falar em línguas de homens e de anjos, mas não tiver amor, tenho-me tornado um (pedaço de) latão que ressoa ou um cimbalo que retine.

2 – E se eu tiver o dom de profetizar e estiver familiarizado com todos os segredos sagrados e com todo conhecimento, e se eu tiver toda a fé de modo a transplantar montanhas, mas não tiver amor nada sou.

3- E se eu der todos os meus bens para alimentar os outros, e se eu entregar o meu corpo, para jactar- me, mas não tiver amor de nada me aproveita.

4- O amor é longânime e benigno.
O amor não é ciumento, não se gaba não se enfuna.

5- Não se comporta indecentemente, não procura os seus próprios interesses, não fica  encolerizado.
Não leva em conta o dano.

6- Não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade.

7- Suporta todas as coisas, acredita todas as coisas, espera todas as coisas, persevera em todas as coisas.

8- O amor nunca falha.
Mas, quer haja (dons de) profetizar, serão eliminados;
Quer haja línguas, cessarão; quer haja conhecimento será eliminado.

9- Pois temos conhecimento parcial e profetizamos parcialmente.

10- Mas, quando chegar o que é completo, será eliminado o que é parcial.

11- Quando eu era pequenino, costumava falar como pequenino, pensar como pequenino, mas agora que me tornei homem, eliminei as ( características) de pequenino.

13- Agora, porém, permanece a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.  

Salmo 139 Deus vê todas as coisas



1 Senhor,tu me examinas e me conheces,

2 Sabes quando me sento ou me levanto.
Tu penetras de longe os meus intentos,

3 Percebes se caminho ou se repouso,
São rotina aos teus olhos os meus passos.

4 Nem me aflorou aos lábios a palavra,
E já sabes, Senhor, qual ela seja.

5 Cerca-mês pela frente e por detrás,
Pousas em minha fronte a tua mão.

6 Excede o teu saber meu  pensamento,
Não o posso atingir, de tão sublime.

7 Para onde fugir do teu espírito,
Onde da tua face me ocultar?

8 Se acaso escalo os céus, no céu te encontras;
Se mergulhar no abismo, estás presente.

9 Se nas asas da aurora alçar o vôo e para além dos mares ancorarem,

10 Ali também me conduzam a tua mão e de mim se apodera a tua destra.

11 Que a escuridão- direi- venha esconder-me,
E a luz ao meu redor se faça noite!

12 Para ti não existe escuro ou treva, e a noite resplandece como o dia.

13 Foste tu que plasmaste as minhas vísceras e no seio materno me teceste.

14 Por tão grande prodígio vos dou graças, velaste sobre mim com tanto amor,
Maravilhosas são as tuas obras!

15 Eis que me conhecias por inteiro,
Quando fui modelado ocultamente,
Nas entranhas da terá cinzelado.

16 Viam-me então as fibras mais secretas, por ti foram previstos os meus dias.
Todos estão escritos no teu livro, antes que despontasse qualquer deles.

17 Quão insondáveis são teus pensamentos!
Incontável, Senhor é o seu número.

18 Ultrapassam, se os conto, os grãos de areia;
Julgo chegar ao fim, e ainda te encontro!

19 Se quisessem, meu Deus, matar os ímpios...
Afastem-vos de mim, homens de sangue!

20 Falam com falsidade a teu respeito e profere perverso, o teu nome.

21 Como não odiar os que te odeiam?
Como não detestar quem te detesta?

22 Sim, com ódio mortal devem odiar, pois para mim não passam de inimigos.

23 Penetra em mim, Senhor, sonda o meu intimo;
Vê o meu coração e os meus intentos.

24 Não me deixem trilhar o meu caminho, pela estrada da paz tu me conduzas.