sábado, 5 de fevereiro de 2011

Os versos que te dou


 

Ouve estes versos que te dou, eu
os fiz hoje que sinto o coração contente
enquanto teu amor for meu somente,
eu farei versos...e serei feliz...
E hei de faze-los pela vida afora,
versos de sonho e de amor, e hei  depois
relembrar o passado de nós dois...
esse passado que começa agora...
Estes versos repletos de ternura são
versos meus, mas que são teus, também...
Sozinha, hás de escuta-los sem ninguém que
possa perturbar vossa ventura...
Quando o tempo branquear os teus cabelos
hás de um dia mais tarde, revive-los nas
lembranças que a vida não desfez...
E ao lê-los...com saudade em tua dor...
hás de rever, chorando, o nosso amor,
hás de lembrar, também, de quem os fez...
Se nesse tempo eu já tiver partido e
outros versos quiseres, teu pedido deixa
ao lado da cruz para onde eu vou...
Quando lá novamente, então tu fores,
pode colher do chão todas as flores, pois
são os versos de amor que ainda te dou.


Poema de JG de Araújo Jorge
do livro "Meu Céu Interior" – 1934


Este é um verso que me trás lembranças do meu passado.
Ler os versos, ou ouvir ele declamar,é viajar no tempo, me fás lembrar da minha juventude da minha mocidade.
Lembrar do meu primeiro amor...
JG de Araújo foi e continuará sendo um poeta do amor.

Maria Santos

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